Já tem algum tempo que li o artigo que reproduzo abaixo, e me fez muito bem.
recentemente relendo aritgos e textos que fazem parte de minha formação fui novamente edificado.
Espero que você também seja.
Sou grato pela vida de todos que cooperam com o Instituto Conselho de Jetro.
Pastoreando em tempos de crise
recentemente relendo aritgos e textos que fazem parte de minha formação fui novamente edificado.
Espero que você também seja.
Sou grato pela vida de todos que cooperam com o Instituto Conselho de Jetro.
Pastoreando em tempos de crise
Samuel Costa da Silva
Publicado em 28.09.2009
Publicado em 28.09.2009
Não é fácil
pastorear em tempos de crise. Mas, qual pastor conseguiu o feito de pastorear
em tempos sem crise? O pastoreio de Jesus, por exemplo, foi realizado em meio
às mais diversas crises. Fizeram de tudo para destruí-lo, até que conseguiram
matá-lo (sem, contudo, vencê-lo).
Moisés, por
sua vez, exerceu sua liderança em meio à murmuração irritante de um povo que
não se contentava com nada, e ainda se encantava com o que não vinha de Deus. E
Daniel? Sua proeza ministerial mais fácil foi enfrentar os leões famintos em
sua própria cova. A proeza difícil, essa sim, foi sobreviver aos invejosos que
fizeram de tudo para que ele fosse não apenas afastado de seu cargo, mas morto
publicamente. Isso é que é pastorear em tempo de crise.
Quer crise
maior que a do pastor Oséias, que descobre que sua própria esposa estava
fazendo programas sexuais com todo tipo de homens na cidade, enquanto
ele se ocupava com a liderança de seu rebanho? Como pastorear em meio a
esse tipo de crise?
Por onde
passo encontro pastores em crise, boa parte deles querendo deixar suas igrejas.
E muitos já o fizeram, pois não suportaram a pressão. Este ano um pastor
conhecido meu se matou em meio a uma profunda crise de depressão. Terminou sua
vida muito diferente daquele mesmo homem que encontrei há alguns anos, em um
Congresso Internacional na África, numa reunião de evangelistas mundiais. Tirou
a vida, tentando encerrar a dor da alma. Meu Deus! Que crise!
Eu,
pessoalmente, entendo que a crise maior pela qual passa um pastor atualmente é
a crise vocacional. Já houve tempos em que a vocação era uma certeza incontestável.
Todos sabiam quem de fato era pastor. Entretanto, essa certeza hoje não mais
existe. Há uma multidão se dizendo pastores, ainda que a maioria não o seja.
Esbarrando nos verdadeiros pastores (sempre a minoria: veja a História), há
pastores para todos os gostos: pastores jovens e inconvenientemente abusados
(para parecerem moderninhos); pastores velhos e irrelevantes, sempre defendendo
o passado; pastores tradicionais e anacrônicos, defensores ferrenhos do
ritualismo pelo ritualismo; pastores liberais e permissivos, que transformam
suas igrejas em becos escuros do mundo; pastores eletrônicos que pregam a si
mesmos, utilizando-se de uma mensagem aparentemente evangélica; pastores
mercantilistas, que negociam o rebanho como quem compra e vende ações na Bolsa.
Há até pastores sem igreja: o cúmulo do pastoreio.
As
conseqüências éticas de tudo isso surgiram nas últimas décadas. Os escândalos
proliferaram na mesma proporção que brotavam do chão (e não do céu) os pastores
de si mesmos. Não são poucas as agências financeiras que negam emprestar
dinheiro a pastores, pois o rombo do calote tem sido grande. Ser um fiel pastor
nesse meio é viver uma intensa crise: a crise de Jeremias no meio dos falsos
pastores (Jr. 23:1-2), a crise de Paulo em meio ao perigo dos “falsos irmãos”
(2 Co. 11:26), a crise de Moisés, ao descer do Sinai e encontrar os adoradores
do Senhor envolvidos em orgias, idolatria e bebedeira (Ex. 32:6).
E o que
dizer da crise dos filhos pastorais fora da igreja? A crise da esposa de pastor
amargurada com o rebanho? A crise do não reconhecimento da fidelidade pessoal,
enquanto o ímpio, que se auto-proclama “pastor”, é alçado à categoria de homem
honrado do ano?
Como pastorear
em tempos de tanta crise? Primeiramente, é preciso ter consciência da
vocação. Foi Deus quem o chamou e Ele é quem o sustentará diante das
perseguições, calúnias, desprezos. Mire-se no exemplo dos profetas e dos
apóstolos. Todos esperavam nada dos homens e aguardavam com bela expectativa “o
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fil. 3:14).
Em segundo
lugar, mantenha-se saudável.
·
Concentre-se não apenas em sua saúde espiritual,
·
mas também na saúde física, mental e emocional.
·
Um bom pastor em tempos de crise precisa ser equilibrado
emocionalmente para tomar decisões corretas.
·
Precisa ser saudável fisicamente para conseguir
realizar todas as tarefas (que não são poucas),
·
precisa ainda ser ajustado mentalmente para
transmitir com equidade a Palavra de Deus.
Para pastorear em tempos de crise é
preciso ainda ter amigos.
·
Observe os amigos que Deus lhe tem dado. Dentre
eles deve haver uns dois ou três grandes amigos, com os quais você pode
compartilhar a sua própria vida.
·
Estes são os seus amigos de oração, que vão
ouvi-lo atentamente, tomando um bom café num fim de tarde, e ainda serão
capazes de gargalhar da vida.
É
preciso fazer assim para sobreviver às crises. Sobrevive a elas, o pastor que
não perde de vista a autenticidade de sua vocação, nem o cuidado com sua saúde,
tampouco a bênção de compartilhar a vida com os verdadeiros amigos, e por eles
ser socorrido.
Que seja
assim. Amém!
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